Neste primeiro módulo, vamos trocar uma ideia sobre as teorias gerais do treinamento físico, que facilitarão nosso entendimento sobre priorização. Começar pelas teorias gerais é essencial para que possamos falar sobre modelos e priorização de forma mais clara. Acredito que existe uma lacuna significativa no entendimento de conceitos fundamentais, e isso é algo que eu mesmo enfrentei durante a graduação. Muitas vezes, saímos da faculdade com mais dúvidas do que certezas em relação à prescrição de treinos.
Depois de concluir a faculdade, me vi estudando esses conceitos e, aos poucos, tudo começou a fazer sentido. É muito mais fácil construir um sistema de treinamento baseado em conceitos sólidos. Os conceitos são imutáveis, absolutos e universais. Por exemplo, quando falamos sobre matemática, sabemos que 2 + 2 sempre será 4, não importa onde você esteja. Essa premissa é a base para a construção de diversas áreas, desde a engenharia até o mercado financeiro.
Da mesma forma, se não compreendemos conceitos básicos no treinamento físico, como sobrecarga, individualidade biológica e o princípio da adaptação, todas as decisões que tomarmos depois podem estar equivocadas. Portanto, é vital que você assista a essas primeiras aulas com atenção, anote os autores e os artigos que mencionarei, pois esse material será fundamental para seu aprendizado.
Conceitos Fundamentais do Treinamento Físico
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Os conceitos são as leis que regem o treinamento físico. Essas regras são imutáveis, e não importa a sua opinião sobre elas. É mais fácil aceitar essas regras e aprender a utilizá-las em sua prescrição de treino. Uma das regras fundamentais é citada no livro do Dr. Dan John, “The Little Black Book of Wisdom”. A primeira regra que ele menciona é a regra de ouro: para ser bom em algo, você deve ser consistente na prática.
Isso se alinha às teorias de aprendizagem motora, que afirmam que, para aprender uma nova habilidade, você deve se expor à prática. Por exemplo, se alguém quer aprender a andar de bicicleta, não basta entender a teoria; é necessário praticar. O mesmo se aplica ao aprendizado de dirigir ou qualquer outra habilidade psicomotora. Portanto, a consistência na prática é a regra número um.
### Consistência na Prática
Se você deseja aprender a realizar saltos duplos com corda, por exemplo, precisa praticar com frequência. Muitas pessoas tentam aprender essa habilidade apenas uma vez por mês, o que torna a curva de aprendizado extremamente lenta. A regra número um é clara: a prática consistente é necessária para o aprendizado.
A regra número dois, que podemos chamar de regra de prata, estabelece que você deve evitar comportamentos que afetem negativamente sua consistência. Por exemplo, se você deseja treinar às seis da manhã, não deve dormir tarde na noite anterior. Se você tem um treino programado para correr 5 km no sábado, evite consumir álcool na sexta-feira à noite, pois isso pode afetar sua performance. Portanto, é fundamental evitar comportamentos que possam impactar sua capacidade de manter a consistência nos treinos.
#### Desafios da Consistência
Embora seja fácil entender essas regras, aplicá-las na prática é desafiador. Muitas pessoas cometem erros que afetam negativamente sua consistência. Os principais motivos incluem:
* **Treinar excessivamente ou sempre de forma intensa:** Isso aumenta o risco de overtraining e lesões, o que pode prejudicar sua consistência.
* **Treinar sempre pesado:** Isso pode levar à fadiga, afetando a qualidade do treino e, consequentemente, a consistência.
* **Mudança constante de objetivos:** Alterar frequentemente seus objetivos ou programas de treino pode interferir na sua capacidade de manter uma prática consistente.
Esses fatores podem fazer com que você comece a treinar, depois pare e comece novamente, resultando em uma falta de progresso a médio e longo prazo.
A Síndrome da Adaptação Geral
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Agora, vamos falar sobre a **Síndrome da Adaptação Geral**. Essa síndrome, proposta em 1936 pelo fisiologista húngaro Hans Selye, descreve como o organismo reage a estressores. A pesquisa original foi feita em ratos, onde Selye observou como eles reagiam a diferentes estressores, como temperaturas extremas, venenos e exercício físico até a exaustão.
Ele identificou três fases principais de resposta ao estresse:
1. **Fase de Alarme:** Nesta fase, o organismo mobiliza recursos para enfrentar o estressor, mas, fisiologicamente, você se sente pior após o treino. É uma fase de adaptação inicial.
2. **Fase de Resistência:** Aqui, o corpo começa a se adaptar e se prepara para enfrentar estressores semelhantes no futuro. Se você treina e dá tempo para as adaptações, seu corpo se torna mais forte.
3. **Fase de Exaustão:** Se o estressor for muito intenso ou prolongado, o corpo entra em exaustão, resultando em perda de ganhos e, potencialmente, em lesões.
Essas fases são fundamentais para entender como o corpo responde ao treinamento. Se você não dá tempo para a recuperação entre os treinos, pode entrar na fase de exaustão, o que prejudica seu progresso.
### Implicações para o Treinamento
As adaptações positivas ocorrem quando você aplica um estressor e permite tempo suficiente para recuperação. A carga de treino deve ser progressivamente crescente, uma vez que a exposição prévia ao estressor aumenta a capacidade do organismo de tolerar cargas maiores sem entrar em exaustão.
Um conceito importante que surge dessa síndrome é o da **sobrecarga progressiva**. Isso significa que, para continuar progredindo, você deve aumentar gradualmente a intensidade ou o volume do seu treino. Se você mantiver o mesmo estímulo por tempo demais, ele se tornará insuficiente para induzir adaptações.
Limitações da Síndrome da Adaptação Geral
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Embora a Síndrome da Adaptação Geral tenha sido uma contribuição importante para a ciência do treinamento, ela possui limitações. A principal limitação é que os estudos de Selye foram feitos em ratos, e extrapolar esses resultados para humanos e para o treinamento físico é complicado.
A adaptação ao treinamento físico ocorre a médio e longo prazo, enquanto os experimentos de Selye focaram em respostas agudas. Além disso, não existe uma resposta única para a quantidade mínima de estresse necessária para induzir a fase de alarme, pois isso varia de pessoa para pessoa e depende do nível de condicionamento físico.
### A Teoria dos Dois Fatores
Com o tempo, a teoria dos dois fatores, que foca em fitness e fadiga, surgiu como uma abordagem mais abrangente para entender a adaptação ao treinamento. Essa teoria considera que o treinamento físico não se baseia apenas na indução de estresse, mas também em como o corpo se recupera e se adapta a esse estresse.
Em resumo, entender a Síndrome da Adaptação Geral é crucial para qualquer pessoa envolvida no treinamento físico. Ao aplicar esses conceitos, você pode melhorar a eficácia de sua prática e alcançar seus objetivos de forma mais consistente. Lembre-se: a chave para o sucesso no treinamento é a consistência e a compreensão de como seu corpo responde aos estressores. Isso permitirá que você alcance resultados a longo prazo e evite lesões.
Esperamos que esta aula tenha sido esclarecedora e que você tenha uma compreensão mais profunda sobre a Síndrome da Adaptação Geral. Não é um bicho de sete cabeças, mas é essencial que você entenda esses conceitos para aplicá-los corretamente em sua rotina de treinamento.
Declaro estar ciente da natureza das atividades físicas realizadas no Box Cod e confirmo minha participação em uma aula experimental gratuita.
1. Condições de Participação
2. Saúde e Responsabilidade
3. Política de Privacidade
Execução do Afundo com Elevação de Joelho:
Dicas Importantes:
Corrida contínua por 10 minutos em ritmo moderado. Inclua 10 minutos de sprints curtos (30 segundos) intercalados a cada 2 minutos de corrida moderado.
Progressão: Aumente a carga gradualmente.
Progressão: Aumente a carga gradualmente.
Progressão: Mantenha o intervalo de 40” a 60” entre as séries.
Progressão: Aumente a carga a cada semana mantendo o número de repetições dentro da faixa de 8-10.
Progressão: Aumente a carga a cada semana mantendo o número de repetições dentro da faixa de 10-12.
Progressão: Aumente a carga a cada semana mantendo o número de repetições dentro da faixa de 10-12.
Progressão: Aumente a carga a cada semana mantendo o número de repetições dentro da faixa de 12-15.
Progressão: Aumente a carga a cada semana mantendo o número de repetições dentro da faixa de 12-15.
Progressão: Mantenha um intervalo de 20” a 30” rigorosamente, mesmo que algumas repetições não tenham amplitude completa.
Pedal contínuo na bike por 3 minutos em ritmo forte seguido de corrida na esteira por 7 minutos, repita isso 3 vezes.